Por mais que homens, mulheres, crianças, animais, helicópteros, pedras, etc... pensem e reflictam sobre o sentido da vida, ele não aparece. Aliás, parece que quanto mais procuramos o sentido da vida, mais longe ele parece estar. Como tal todo o texto que eu escrever sobre isto tem o mesmo valor que ter um abre-latas, quando queremos abrir uma garrafa.
Encontrar o sentido da vida é como encontrar uma agulha num palheiro, se ela não estiver lá. Sinceramente acho que o sentido da vida é algo que só se encontra se não se estiver à espera. Como aqueles discos da nossa vida, que começamos por ouvir na rádio, num dia em que só o ligamos, porque queríamos ouvir o trânsito. Acho que é possível encontrar um sentido de vida pessoal, sendo influenciado por vários parâmetros, mas o sentido da vida, universal a todos os humanos, esse, parece-me inatingível, pelo menos em vida.
Falo por isso no sentido da vida de cada um de nós. É algo pouco estável, uma flor no meio de uma tempestade, que pode a qualquer momento voar para muito longe. Pequenas mudanças na nossa vida, ou momentos de desespero podem mudar a forma como a vemos. Para mim este sentido busca-se caminhando. Deixando andar a vida, sem grandes planos. Fazer as nossas escolhas no momento certo. E andar. Andar. Andar. Ao que se vai andando o sentido vai aparecendo.
Seja como for, o que interessa é viver, sofrendo ou sorrindo, o que interessa é o oxigénio entrar em nós, mesmo que às vezes não pareça assim tão agradável. É andar até cansar.