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Friday, January 14, 2011

que admirável mundo novo?



Brave New World, de Aldous Huxley, apresenta-nos uma sociedade "perfeita" onde "toda" a gente é feliz, incentivada a ser feliz, obrigada a ser feliz, através de diversos mecanismos de condicionamento, aquilo a que hoje se poderia chamar programação. à parte a história, bem conhecida de muitos, fica lançada a questão "o que é mais importante? a felicidade ou a liberdade?", para além da mais negra e sombria "não é também o desejo da liberdade fruto de programação? e se assim for, será a liberdade livre?". uma das possíveis respostas é a existencialista, a de Sartre e amigos, segundo a qual, a liberdade só pode existir quando o ser está condicionado: são os condicionamentos que dão ao indivíduo a liberdade.

voltando ao livro, é um romance muito pessoal, muito importante para a reflexão e para o auto-conhecimento. um livro fundamental para a construção completa do indivíduo.

ps:. sintam-se livres para dar a vossa opinião ou, até, colocar novas pergguntas.

Tuesday, June 8, 2010

O sentido da vida: trabalho para filosofia


quadro de René Mgritte, Homesickness

Curiosa realidade a existência. Inexplicável talvez. Por vezes imagino um mundo lógico, e nele apenas uma coisa é patente: o nada. Tudo o que não seja nada é algo complexo e muito pouco lógico, que provavelmente não deveria existir (só o nada pode existir: curiosa e fortuita negação). Curiosa a condição humana, que, por estar condenada a um início e um final, estranha o eterno e o etéreo, não o concebendo de outra forma que não a do nada.

O sentido da vida é bastante claro: a morte. Se a tomarmos por uma estrada e compreendermos que começa no nascimento e termina na morte, vemo-lo claramente. O que há antes e depois da vida? Acredito seriamente que é a inexistência. Acredito seriamente que o sentido da vida é a inexistência. A vida tem como finalidade a inexistência.

Maldita sorte que nos põe no rumo de algo que não desejamos. Nem sempre queremos existir, mas tememos com todas as forças que temos a inexistência. Por isso surgiram os Deuses e as religiões, os livros e a arte: para ouvirmos uma não verdade (que não é necessariamente mentira) e para nos fecharmos num admirável novo mundo. E ainda bem que surgiram.

Tudo depende da perspectiva através da qual vemos o que quer que seja. Eu acho que o facto de o sentido da vida ser a inexistência é extremamente libertador. Como poderemos nós falhar? É impossível em teoria (não digo que o seja na prática porque não é possível provar tal coisa) um ser humano não chegar à inexistência. Isto significa muito simplesmente que ao nascermos já garantimos o objectivo da nossa existência. Que é que isto significa? Liberdade! Podemos ser o que quisermos, não temos de fazer absolutamente nada. Tudo o que temos de fazer é morrer um dia, e isso está-nos à partida garantido! Temos essa liberdade, e a liberdade acaba por ser o nosso sentido de vida: temos de ser livres, o quanto quisermos!

O nosso destino está traçado, mas não o itinerário… E eu vejo nisso a maior bênção de todas: sabemos como é o final, mas o resto está inteiramente por nossa responsabilidade. Temos limitações físicas e psicológicas? Temos, mas temos também imensos espaços vazios em nós que podemos preencher, ou deixar vazios, como muito bem entendermos. Gosto também de pensar na inexistência como a liberdade total, gosto de pensar que a inexistência, pouco mais é que uma existência sem limites, mais etérea, mais perfeita, e que por isso, quando morrermos vamos entrar numa outra dimensão, quando nos desprendermos do corpo, da alma, da mente, de tudo: a dimensão do nada, a dimensão do lógico.

Não tenho medo da inexistência, é ela que nos dá um motivo para existir: sermos livres (temos de estar preparados para quando passarmos a existir sob a forma de nada) para explorarmos todos os mundos possíveis, impossíveis, lógicos ou absurdos. A inexistência que um dia teremos (ou seremos?), dá-nos um motivo para sermos humanos.

Sunday, January 10, 2010

Mais à larga

Às vezes é preciso espaço... Viver numa caixa apertada não é agradável... Parar e ver as pessoas falar, ouvir o que elas dizem não é importante: são palavras que saem. Raiva, amor, ódio, indiferença, ar, vento... Todas iguais, todas insignificantes no seu valor. O que interessa são elas. Não sejamos racistas, não interessa a sua cor. Como pessoas, só interessa que o sejam, neste caso, palavras.

Descobri que sou Existencialista. Já era há muito tempo fortemente existencialista, mas só ontem parei para aprender um pouco. Sou um Existencialista sem sombra de dúvida. Algumas diferenças no máximo fazem-me um Neo-Existencialista. Para quem, como eu não conhecia, não sabe o que é, é caracterizado pela expressão de Satre "O ser humano está condenado a ser livre."

Se sou livre ou não não sei. Mas já sinto uma aragem.