faleço de ser quem sou. ando por estas ruas moribundas, de aspecto nojento e asqueroso. cheira a caca de pombo, fezes humanas e urina de cão. não vejo pombos, homens ou cães. no meio do nojo passeiam de mãos dadas um asno e um abutre, mortos de paixão, falecidos. parece que toda a gente falece, por um ou outro motivo. parece que tudo nojo e tudo motivo para fugir da essência. a essência, pintada de vermelho, cheirando a ferrugem, aparece falecida hoje em dia, mais espessa, alaranjada e quente. tudo asco. todos falecemos de asco. asco do mundo? asco de nós? e tudo falecido, e cada vez mais asco.
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