É nestas circunstâncias que apetece dizer que a democracia é a maior das ditaduras. Segundo a democracia a maioria decide, e a minoria nem direito tem à moderação de acordo com a sua vontade. Já John Rawls, penso que era ela, que numa sociedade justa nunca uma minoria podia ser prejudicada por causa da maioria. Utilizadores mais assíduos considerar-me-ão incoerente, sendo eu simpatizante do Bloco de Esquerda. Mas eu defendo que uma minoria não seja prejudicada por uma maioria, não que a possa utilizar da forma mais suja que há. Aproveito para explicar a posição em relação às patentes que o bloco defende. Eu era inicialmente contra esta medida, mas li um documento do bloco e têm razão em relação a isso. Pensemos no conhecimento. O conhecimento não pode ser propriedade privada. A pessoa que o desenvolve deve ser altamente recompensada, mas não pode possuir esse conhecimento. Assim sendo essas pessoas podem proibir outras de desenvolverem o seu conhecimento, e assim o conhecimento parará, só para não falar no patenteamento de conhecimentos públicos para enriquecimento de particulares. Aqui e aqui.
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Já há algum tempo que penso assim, e já ouvi pessoas a se manifestarem no mesmo sentido que eu. Agora a pergunta está em: como posso eu dizer que a democracia é pior que a ditadura? Afinal na democracia só alguns são ignorados, enquanto na ditadura são todos. Ai está, uma divisão que justifica esta minha posição. É uma questão de justiça.
E soluções? Afinal de contas não se pode só criticar... qual é então o modelo perfeito? Isto foi só crítica, não há modelos perfeitos. Mas podia haver! A democracia, se os nossos políticos fossem minimamente sérios, seria o modelo perfeito. Cada pessoa escolheria o seu representante, e depois ao invés de decisões tomadas por uma maioria, essa maioria cedia nalguns aspectos, criando algum consenso... Este seria o modelo perfeito...
Talvez por isso eu considere, que nesta situação, independemente do vencedor das eleições, o mais importante é que não haja uma maioria absoluta, porque isso seria igual aos últimos 4 anos. E pelo menos a mim, esses quatro anos já chegaram...
E soluções? Afinal de contas não se pode só criticar... qual é então o modelo perfeito? Isto foi só crítica, não há modelos perfeitos. Mas podia haver! A democracia, se os nossos políticos fossem minimamente sérios, seria o modelo perfeito. Cada pessoa escolheria o seu representante, e depois ao invés de decisões tomadas por uma maioria, essa maioria cedia nalguns aspectos, criando algum consenso... Este seria o modelo perfeito...
Talvez por isso eu considere, que nesta situação, independemente do vencedor das eleições, o mais importante é que não haja uma maioria absoluta, porque isso seria igual aos últimos 4 anos. E pelo menos a mim, esses quatro anos já chegaram...
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