Comprámos o bilhete diário, e trocámo-lo de seguida por uma fita de papel azul, completamente horrorosa. Foi esta fita que marcou a nossa discriminação durante o festival. Reparámos perfeitamente nos olhares dos fitas amarelas, sinónimo de passe para os quatro dias, que eram tudo menos amigáveis. Quando nos perguntavam "Só vieram um dia?", olhavam logo de seguida para o lado. Os seguranças olhavam-nos de lado: "Como é que estes fitas azuis chegaram aqui à frente, à beira das grades???". Até o gajo (o Sol) nos batia com mais força da cara. Éramos claramente menores ali.
E concertos? que tal? Bem, muitos poderão discordar de mim, mas gostei mais dos concertos dos Temper Trap e dos Supergrass do que dos próprios Franz Ferdinand. Sinceramente nao estava à espera de duas bandas com tanta qualidade. Os The Pains of Being Pure at Heart, ou simplesmente Pure at Heart como diziam ao nosso lado, desiludiram-me um pouco. Música demasiado igual. Os The Horrors deram um bom espectáculo, aliás, foi aí que os movimentos de pessoas que me afastaram vinte metros da minha posição inicial começaram. Mas sinceramente, acho que acrescentavam demasiados sons às músicas, o que não lhes retira qualidade, mas que me retira algum interesse.
Quanto ao grande momento da noite, os Franz, aí começou a loucura. Foi aí que os moshs aumentaram para 300% e que era quase impossível manter os lugares que se tinham. Grande concerto, que em termos de espectáculo foi, sem qualquer tipo de dúvidas, o melhor, mas que em termos de música, para mim, não bateu o suor dos Supergrass e a energia dos Temper Trap, as duas bandas revelação para mim.
Abaixo estão dois vídeos destas duas bandas pouco conhecidas em Portugal, mas que são fantásticas. (Não encontrei a penúltima música tocada pelos Temper Trap, que foi a minha favorita.)
Pena não ter visto Sean Riley, e não ver NIN, The Hives, Mundo Cão e Manel Cruz.